Aproximando-se de um píer, percebeu um pescador muito idoso sentado com as pernas balançando no ritmo lento da maré. Do seu lado, sua velha vara de pescar e um balde com algumas ostras. Armado com um canivete, ele abria a ostra e sorvia o conteúdo com tremenda satisfação. “O gosto é meio estranho pra quem não está acostumado”, dizia ele, “mas faz um bem danado pra saúde!”
Como a menina não o respondeu, o pescador sugeriu um novo assunto: “É um tesouro e tanto esse aí no baldinho!” Marli empolgou-se e explicou: “São para minha mamãe! Quero fazer um colar bem bonito para ela! Por isso tem que ser as conchinhas mais lindas do mundo!”
O pescador achou graça e pegou uma de suas ostras. “Pega, menina... Pode ser que aí dentro haja uma pérola.”
Marli fez cara de dúvida, e o pescador esclareceu: “Às vezes é possível encontrar nas ostras uma bolinha branca muito bonita que se chama pérola. As pérolas são muita raras e preciosas. Se tiver sorte, há uma aí dentro e você poderá dar de presente para sua mamãe.”

No caminho de volta para casa, Marli olha a tal concha. Será que ali dentro havia mesmo uma pérola? E se sua mãe desse toda importância para essa tal bolinha branca e ignorasse o tesouro tão criteriosamente escolhido? E se não tivesse nada ali dentro?
Marli devolveu a ostra ao mar. Mesmo que houvesse uma pérola, não combinaria com suas preciosas conchinhas.
4 comentários:
Show, Cliver!
Fez-me refletir bastante...
Congratulationes!
Abração,
Jefferson
... perfeito.
=)
tava com saudades das postagens desse blog.
=)
Ah, que lindo!
Parabéns!
Bjs
Você sempre me surpreende... obrigada pelo carinho.
beijos de ostra,
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