Mas, voltando ao mundo real...
Como se não bastasse o ritmo que somos submetidos, os ponteiros do relógio, à rotina e os compromissos inadiáveis, estamos constantemente cercados por cargas negativas que nos exaure as forças. A inveja, a ganância, o desafeto, a intolerância, o ódio... Assim como vírus da gripe, o vampirismo é mutável e nos contagia através do ambiente contaminado. É o desejo de extrair do outro a essência que nos foi roubada. É a busca por uma felicidade prática e descartável. Prazeres momentâneos que não preenchem nosso vazio. É a tortura física e/ou psicológica gratuita meramente para sentir-se melhor que o outro.

É o ciúme que nos castra, nos limita e escraviza. É a vingança por motivos fúteis e a cobrança descabida de favores nunca realizados. É a amizade por conveniência que se dissolve ao primeiro sinal de incompatibilidade.
Se vampiros existem? Sim. E eu já fui mordido.
Uma boa indicação de filme sobre vampirismo: Beleza Americana (Sam Mendes, 1999). O filme descarta os morcegos e caninos afiados, mas revela muito sobre nossa própria natureza e, no final, temos a plena convicção de que algo valioso nos foi sugado.
Na literatura os exemplos são diversos. Existe mais vampirismo nos contos de Nelson Rodrigues que em toda saga Crepúsculo.
6 comentários:
(sorte eu não ter lido o livro)
pq tenhoa impressão q isso foi uma indireta? rs
Muito bem, Cliver!
Gostei.
Um abraço.
Neste exato momento estou tendo uma boa noite de sono roubada pelo funk altíssimo do vizinho...
Lado bom, aqui estou lendo seu texto genial.
Bom texto!
Há vampiros e vampiros...
Com diversos deles, nem sempre crucifixo, alho e água benta resolvem... :)
No creo en los vampiros y las brujas, pero...Rsrs
Belíssimo texto!
Estão em toda parte! Cruzes! rsrsrs
Muito legal!
ah! Cliver, vc acredita que ainda tem algo mais insuportável que a saga Crepusculo?
'vampire diaries' A imitação de algo ruim só poderia ficar pior
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