Sei que algo acontece. Algo sempre está acontecendo.
Nem tudo que escrevo sou eu e nem por isso menos verdadeiro. Certas verdades deveriam ser sinalizadas com uma tarja preta. Avisos de advertência quanto aos diversos efeitos colaterais (asfixia, taquicardia, oscilação da pressão arterial...). A verdade é libertadora, mas toda liberdade tem suas contra-indicações.
Existem os métodos alternativos. Alguns praticam a manipulação da verdade, ofertando-a em doses homeopáticas. A mentira é um alucinógeno, facilmente encontrado em qualquer beco, qualquer esquina. Não há prescrição, apesar do grande mal que possa nos fazer, por isso é tremendamente popular e viciante. Quem mente vê-se obrigado a mentir sempre para sustentar a mentira anterior. Mentir dispensa receituário, não possui qualquer controle, circula livremente. Por fim, mentiras não substituem a verdade, mas costumam ser muito bem-vindas em muitos casos, chegando, inclusive, a ser utilizada como primeira opção de tratamento.
A omissão é um placebo. Na prática, não produz qualquer efeito, mas pode causar sintomas momentâneos de bem-estar (ou não) se apenas acreditarmos e calarmos.
O que é a verdade? Quantas são as verdades? O que os fragmentos ao redor têm para nos revelar? Algo sempre acontece e nos cabe escolher a versão que melhor nos adaptamos. Seja como for, a verdade prevalece sempre. Somente a verdade pode curar.
Nem tudo que escrevo sou eu, mas, certamente, tem eu.
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segunda-feira, 1 de março de 2010
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